História da Cirurgia
Nos bancos do Pronto Socorro, deitam-se corpos vivos maltratados por acidentes que acabaram de acontecer numa dessas BR’s da vida que conduz gente de um lado para outro agitando freneticamente o dia a dia de médicos e patrulheiros rodoviários, conduzindo vítimas numa verdadeira guerra. Se a gente bem soubesse não sairia de casa por bobagem.
A incrível aceleração do ciclo moderno nos permite afirmar que 90% dos cientistas que a espécie humana produziu ainda estão vivos – 90%; dos procedimentos utilizados nas cirurgias de um modo geral não existiam em 1970, época da nossa gloriosa seleção canarinha de futebol, com Pelé, Rivelino, Tostão e tantos outros que nos deram uma grande alegria ao se tornar a primeira seleção tricampeã do mundo; – 90% dos remédios de hoje não eram conhecidos em 1960 –. A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos registra um artigo científico a cada 6 segundos, - ora, é tanta evolução que o homem vivencia que chega a nos angustiar.
Antes do século XV os médicos praticavam as poucas operações e manipulações exigidas pelas urgências. Depois as operações foram deixadas para os cirurgiões barbeiros, profissionais de menor importância. Só eram feitas trepanações, retiradas de cálculos vesicais, suturas de um modo geral e amputações. Aliás, os mais famosos cirurgiões, eram os mais hábeis com as facas e os serrotes.
Em 1687, Charles François Felix realiza com sucesso uma operação de fístula anal no famoso Luis XIV da França. Em 1743, Luis XV, bisneto de Luis XIV, restabelece a igualdade hierárquica entre médicos e cirurgiões.
A partir da Renascença, a anatomia, a fisiologia e a histologia contribuem para a base científica da arte da cirurgia.
Somente no século XIX, com a descoberta da anestesia, com os luminares Crawford Long, 1842, Horace Wells, 1844 e Thomas Morton, 1846, mudam para sempre a história da cirurgia.
Paralelamente, não podemos deixar de citar alguns dos ilustres como Joseph Lister (1827-1912)