História da arte
Citações de Eric Fernie em:
“Art, History and methods: a critical antology”. London, Phaidon, 1996
ARTE
A palavra “arte” tem uma grande variedade de significados. Restringindo-nos às artes visuais, arte pode ser definida como “bela”, “prática” e “abrangente”. No seu sentido mais restrito – o primeiro, (que também é o mais freqüentemente usado), arte com um A maiúsculo se refere a um corpo de trabalho considerado como inspirado e de grande importância para o nosso bem estar (como nas belas artes, obra de arte, arte de Michelângelo, arte pela arte, galeria de arte). A essência das belas artes consiste em pintura, desenho e escultura, ou o que é ensinado em escolas de arte como parte de uma formação visando o título em belas artes. As belas artes também podem incluir tapeçaria, cerâmica, vitrais e categorias similares de objetos que são freqüentemente considerados mais funcionais e portanto mais relacionados ao artesanato e, é claro, a arquitetura, que é um caso especial. Há uma tradicional distinção de hierarquia entre belas artes e artesanato, que tem sido freqüentemente aplicada em detrimento da última. No segundo sentido, o prático, arte se refere a qualquer atividade do fazer, desde gravuras e quadros a filmes e peças e evoca em particular o talento inerente ao ato de fazer o objeto (como a “arte do ourives”). Nestas definição não há a distinção entre arte e artesanato. No terceiro sentido, o abrangente, a artes visuais podem ser descritas como consistindo de objetos feitos que possuem, presume-se, conteúdo visual e de objetos aos quais reagimos esteticamente. Embora esta definição implore o significado das palavras “conteúdo” e “esteticamente”, ela não coloca quase nenhuma restrição no material visual que pode ser descrito como arte. Essa descrição muito ampla é a aconselhada ao historiador da arte, porque o que chamamos de arte hoje é ou não era necessariamente considerado da mesma maneira em