História da arte
A disseminação dos valores norte americanos, iniciados na década de 50, agora assumem caracteres hegemônicos. A perda da centralidade da escola de Paris, que agora passa a dividir sua importância como a principal influenciadora da arte mundial com Nova York, Berlin, Milão e Munique, é acontecimento fundamental para os desdobramentos que vão se seguir no pensamento artístico mundial na década de 60.
Neste contexto cada vez mais globalizado, de descentralização e da importância adquirida por Nova York e outros centros, os artistas brasileiros, mais do que antes no séc. XX encontram-se em convívio intenso com as tendências internacionais. Por um lado, a Pop Art inglesa vem ganhado cada vez mais importância desde meados dos anos 50 e acaba por se difundir e influenciar mundialmente o imaginário artístico da época, principalmente devido a sua rápida disseminação pelos americanos. Por outro lado, no final da década de 50, começavam a ganhar importância os movimentos europeus que, além da pop, também marcaram fundamentalmente o retorno a figuração na década de 60. Encontram-se nesse rol de tendências a figuração o Nouveau Réalisme (Paris / Milão), a Nouvelle Figuration e Nouva Figurazione (Paris / Roma), e mais tarde as Mithologies Quotidiennes e Figuration Narrative. Porém, dentre todas estas “novas figurações”, destacam-se a Pop e o “Novo Realismo”. Nos dois movimentos encontramos pontos análogos e de quase antagonismo. E nas palavras de Pierre Restany, crítico da Galeria Rive Droite, em se