História da acústica
As primeiras noções da acústica se deram por volta de 4.000 a.C, através da música e da arte. Mas foi na Grécia antiga que a acústica se tornou notável.
Mais de 2.000 anos atrás, os gregos antigos lançaram as bases da acústica ao fazerem seus teatros. Existiram vários (praticamente cada grande cidade tinha o seu). Alguns exemplo: teatros de Dionísio, Odeon, Delphi, Dodona, Philippi, Delos, Pergamum, Priene, Aspendus, Miletus , Epidaurus, Samothrace, Salamis, Xanthos, Cherchel, Djemila, Tipaza, Sabratha, Lepcis, Ephesus, Side, entre outros.
Em todos podiam ser encontrados características comuns, que podem ser resumidas em:
1) situados em locais com baixo ruído
Os teatros eram construídos afastados das cidades, longe dos grandes locais ruidosos, como centros de comércio. O nível médio de ruído medido é de 30dB SPL (muitos teatros ainda existem, e são locais muito silenciosos, mais silenciosos que uma biblioteca dos nossos dias). Quando, por causa das características do terreno, o teatro tinha que ser construído junto à cidade, grandes muralhas eram erguidas separando os locais, de forma que sempre houvesse o silêncio necessário.
Por outro lado, o silêncio da platéia era total. Qualquer um que conversasse, tossisse, espirasse, etc. sabia que estava atrapalhando todos os outros. Eles sabiam que precisavam ser “bem educados” para que todos pudessem escutar.
2) construídos a favor do vento
Os teatros eram construídos sempre de forma que o vento mais comum na região passasse por trás do palco, em direção à platéia. Muito mais que amenizar a temperatura (a Grécia é um país de temperaturas altas), as palavras e músicas eram “carregadas” pelo vento, do palco em direção à platéia.
3) a platéia se situava em degraus
Os gregos perceberam que, a cada vez que a distância entre a fonte sonora e o ouvinte dobra, o volume cai bastante (6dB), o que é a base da Lei dos Inversos dos Quadrados . Então, descobriram que a solução era diminuir a distância