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EDUCAÇÃO MEDIEVALA educação cristã e não cristã: a era das trevas?
A sociedade feudal, essencialmente aristocrática, estabeleceu-se sob os laços de soberania e vassalagem que entremeavam as relações entre Senhores de Terras e Vassalos, e no alto da pirâmide e estavam a nobreza e o clero. No mundo feudal, a condição social era determinada pela relação com a terra, por isso, os proprietários (nobreza e clero) tinham poder e liberdade. Na outra ponta estavam os servos das glebas. Apesar de grandes turbulências e instabilidades a herança cultural grego-latina foi resguardada nos mosteiros, já que os monges eram os únicos letrados, pois os nobres e, muitos menos os servos, sabiam ler e escrever. O Império Bizantino e o Islã conseguiram manter uma atividade cultural intensa, conservando os clássicos e também inovando sabre as tradições, conseqüentemente, a atividade educativa foi mais rica neste período. No Império Bizantino, dava-se maior ênfase à vida religiosa, porém continuou obstinadamente fiel às tradições do humanismo. Há pouco registro a respeito do ensino primário e secundário, mas não predominava o ensino religioso nas escolas, e os clássicos pagãos eram estudados sem restrições. A meta da educação continuava a mesma, ou seja, a formação humanista e a preparação para funcionários capacitados para a administração do Estado. Sobre as escolas superiores existem mais informações, com destaque para a Universidade de Constantinopla, importante centro cultural. Os estudos religiosos eram realizados à parte na escola monástica. Neste caso predominava o interesse espiritual, hostil ao humanismo pagão.
No mundo não cristão o renascimento cultural deu-se no século VIII, em Bagdá, com a criação da “Casa da Sabedoria”, constituída de biblioteca e centro de estudos e de ensino. Havia um nítido interesse pela pesquisa e pala experimentação, em oposição às restrições que a Igreja Cristã fazia a essa orientação intelectual. Por volta do século X os árabes criaram várias