HISTORIA LIBERAL
Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos dos seus privilégios e por isso nunca aceitaram as ideias liberais. Apoiados pelo infante D. Miguel (filho segundo de D. João VI), começaram a organizar conspirações contra o regime liberal.
Quando D. João VI morreu, em 1826, sucedeu-lhe D. Pedro (VI), seu filho mais velho, e que já era imperador do Brasil.
Como D. Pedro não desejava sair do Brasil, pensou numa solução que garantisse a sucessão ao trono e ao mesmo tempo unisse liberais e absolutistas. Assim:
•abdicou do trono português em favor de sua filha D. Maria da Glória, que tinha apenas 7 anos;
•D. Miguel ficaria a governar o Reino como regente (mas de acordo com as leis liberais) e casaria com D. Maria da Glória logo que ela atingisse a maioridade.
D. Miguel começou por aceitar as condições de D. Pedro, mas em 1828 dissolveu as Cortes liberais e fez-se aclamar rei absoluto. Por esta altura já existiam em Portugal dois grupos rivais que se confrontavam:
» os “liberais”, na sua maioria burgueses (comerciantes, proprietários, juízes, médicos, advogados), que defendiam a monarquia liberal;
»os “absolutistas”, na sua maioria nobres e clérigos, que, chefiados por D. Miguel, pretendiam voltar a impor a monarquia absoluta.
GUERRA CIVIL Começa então um período de grandes perseguições aos liberais. Os que não conseguiram fugir, para o estrangeiro e para os Açores, foram mortos ou presos. Espalhou-se o terror pelo País. Ao saber o que se passava em Portugal, D. Pedro resolveu deixar o Brasil e vir para a Europa. Juntou-se aos liberais, que se refugiaram na ilha Terceira, nos Açores, e aí organizou um exército. Em 8 de Junho de 1832, o exército liberal, comandado por D. Pedro, desembarcou na praia de Pampelido/Mindelo e seguiu para a cidade do Porto, que ocupou sem resistência.
Mas, entretanto, D. Miguel reorganizou as suas tropas e