A HISTÓRIA DO MANGANÊS Ha muitos anos atrás, os índios eram caçados para trabalhar como escravos. Um dia, um grupo de escravos conseguiu fugir e montaram uma aldeia, depois de alguns dias os brancos invadiram o povoado e mais uma vez eles foram escravizados. Eram obrigados a trabalhar até 16h por dia para extrair minério. Itaúna, o chefe da aldeia reclamou contra essa dominação, foi preso e acorrentado a uma rocha. Nenhum animal se aproximava dele para devorá-lo. Itaúna ficou dias sem comer e beber, e muitos índios da aldeia ficavam doentes e morriam, mas a saúde de Itaúna não abalava, o ódio e a vingança eram seu alimento. Uma noite ele pediu a deusa Taimã coragem e força para libertar seu povo. A deusa ouviu o rapaz e o ajudou dando-lhe uma força descomunal. Itaúna conseguiu se livrar das correntes, reuniu seu povo e proclamou justiça. Foi ferido e sangrou até a morte, outros índios também deram seu sangue na luta pela liberdade, muitos morriam e seus corpos serviam de comida a gaviões e urubus. Como todos morreram os homens brancos abandonaram o povoado porque não havia mais mão de obra. A única lembrança que ficou da revolta foi o rio batizado de Itaúna em homenagem ao chefe morto. Tempos depois, no lugar da batalha apareceram muitas pedras pretas e dizem que foi a deusa Taimã que transformou o sangue derramado dos índios em pedra - o manganês - para que não escoasse pela terra. O manganês já foi uma das principais riquezas do Amapá e em homenagem a essa pedra, o afluente do rio Amapari recebeu o apelido de pedra preta.