A História do Brasil compreende, tradicionalmente, o período desde a chegada dos portugueses até os dias atuais, embora o seu território seja habitado continuamente desde tempos pré-históricos por povos indígenas. No ano de 1500, Cabral, capitão-mor de expedição portuguesa a caminho das Índias, chegou ao litoral sul da Bahia. Trinta anos depois, a Portuguesa implementou uma política de colonização para a terra recém-descoberta que se organizou por meio da distribuição de capitanias hereditárias a membros da nobreza, porém esse sistema malogrou, uma vez que somente as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Em 1548 é criado o Estado do Brasil, com consequente instalação de um governo-geral, e no ano seguinte é fundada a primeira sede colonial, Salvador. A economia da colônia, iniciada com o extrativismo do pau-brasil e as trocas entre os colonos e os índios, gradualmente passou a ser dominada pelo cultivo da cana-de-açúcar para fins de exportação. No início do século, a Capitania de Pernambuco atinge o posto de maior e mais rica área de produção de açúcar do mundo.[1] Com a expansão dos engenhos e a ocupação de novas áreas para seu cultivo, o território brasileiro se insere nas rotas de comércio do velho mundo e passa a ser paulatinamente ocupado por senhores de terra, missionários, homens livres e largos contingentes de escravos africanos. No final do século XVII foram descobertas ricas jazidas de ouro nos atuais estados de Minas Gerais,[2] Goiás e Mato que foi determinante para o povoamento do interior do Brasil. Em 1763, a sede do Estado do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro. Anos mais tarde, quando a Coroa portuguesa anunciou a Derrama, medida para cobrar supostos impostos atrasados, eclodiu em Vila Rica a Inconfidência Mineira, mas a revolta fracassou e, em 1792, um de seus líderes, Tiradentes, morreu enforcado.[3]
Em 1808, com a transferência da corte portuguesa para o Brasil, fugindo da sua possível subjugação da França, consequência da