historia da filosofia medieval 2
Na primeira parte da Suma de Teologia de Tomás de Aquino, na questão 15, artigo 1, o filósofo propõe a analise da ideia na mente divina. De inicio apresenta os argumentos que contrariam a existência das ideias na mente de Deus, e depois, apresenta uma nova forma de ver a doutrina platônica das ideias e da forma como Agostinho apresenta-as, refutando os argumentos que são contrários à esse tese, visando apontar a concepção do Deus do mundo judaico-cristão. Tem, portanto, por escopo demonstra como é possível conciliar a tese agostiniana da essência das ideias na mente de Deus com a sua tese de unidade divina.
Para tanto, diferencia o que seja ideias a partir de sua análise enquanto relação de exemplo e enquanto princípio do conhecimento. De inicio investiga a possibilidade de existirem ideias em Deus e depois investiga se há em Deus ideias de tudo o que ele possa conhecer. As questões problemas são: a) Existem ideias em Deus?; b) Existem várias ideias em Deus ou apenas uma?; c) Há ideias de tudo o que Deus possa conhecer?
Na questão 15, em seu artigo primeiro, Tomás ignora a compreensão platônica de que as ideias existem por si mesmas e de forma separadas, defende a concepção de Agostinho onde as ideias podem estar na inteligência divina, e apresenta a tese da dupla função que é assumida pelas ideias: a epistemológica, onde as ideias são princípios de conhecimentos das formas, e a ontológica, onde as ideias são exemplares, e a partir destes as coisas são criadas. Para defender sua tese, o filosofo de Aquino apresenta as visões contrárias à possibilidade de existência de ideias em Deus, visando posteriormente refutá-las.
A primeira, do neoplatônico Dionísio, aponta que Deus não conhece as coisas por meio das ideias. A existência das ideias é necessária para que se tenha conhecimento, porém, como isto não é assim, conclui pela inexistência das ideias. A segunda é decorrente da