historia da farmacia
Os primeiros povoadores, náufragos, degredados, aventureiros e colonos aqui deixados por Martim Afonso tiveram de valer-se de recursos da natureza para combater as doencas, curar ferimentos e neutralizar picadas de insetos. Para combater a agressividade do ambiente e a hostilidade de algumas tribos indígenas, os primeiros europeus tiveram de contornar a adversidade com amabilidade e, com isso, foram aprendendo com os pajés a preparar os remédios da terra para tratar de seus próprios males.
Remédios da “civilização” só apareciam, quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, em que sempre havia um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil cheia de drogas e medicamentos.
As coisas ficam assim, até que a Coroa Portuguesa resolveu instituir, no Brasil, o Governo Geral e o primeiro a ser nomeado foi Thomé de Souza, que veio para a Colônia com uma armada de três naus, duas caravelas e um bergatim, trazendo autoridades, funcionários civis e militares, tropa de linha, diversos oficiais, ao todo, aproximadamente, mil pessoas que se instalaram na Bahia.
Vieram também, nesta armada, seis jesuítas, quatro padres e dois irmãos, chefiados por Manuel da Nóbrega. O corpo sanitário da grande armada compunha-se de apenas um boticário, Diogo de Castro, com função oficial e com salário. Não havia, nesta armada, nenhum físico, denominação de médico na época. O físico-mor só viria a ser instituído no segundo governo de Duarte da Costa.
Dentre os irmãos destinados ao sul do País, estava a criatura humilde e doentia de nome de José de Anchieta. Os jesuítas eram mais práticos e previdentes que os donatários e até do que os próprios governadores-gerais, e trataram logo de instituir enfermarias e boticas em seus colégios, colocando um irmão para cuidar dos doentes e outro para preparar remédios. Em São Paulo, o irmão que preparava os remédios era José de Anchieta. Por isso, podemos considera-lo