Historia da faca
Os mais antigos utensílios feitos pelo homem foram encontrandos, em 1902, pelo pesquisador Richard Leaky em Koobi Fora, no Quênia (África). Estes instrumentos datavam de cerca de 3 milhões de anos atrás.
Antes de aprender a minerar e fundir metais, o homem utilizava materiais encontrados na natureza: a pederneira (pedra de isqueiro) e a obsidiana (pedra vulcânica) foram os primeiros materiais utilizados para a confecção de instrumentos de corte. Por volta de 6500 a.C., a habilidade de extrair metais como cobre, chumbo e ouro possibilitaram trabalhos a frio, cujos resultados foram facas mais afiadas e duráveis para a caça.
Ligas - Depois, vieram as ligas de metal: os metais, até então puros, foram combinados com outros metais e minerais com propriedades específicas. No sudoeste da Ásia (3500 a.C), cobre e estanho foram combinados – surgiu o bronze, uma liga mais durável e resistente e que quase 2 séculos depois difundiu-se pela Europa.
O ferro fundido foi o primeiro passo para o surgimento do aço (2000 a.C), um material, entretanto, de difícil e perigosa fabricação. Criaram-se, então, novas combinações: ferro e carbono formaram o aço carbono (1000 a.C no Oriente Médio). Mas só depois de 700 a.C os utensílios de aço tornaram-se populares na Europa, na Ásia e no norte da África. A maioria deles eram fabricados em pequenas forjarias, criadas para produzir armas de guerra.
Facas, só para nobres - Na verdade, o desenho e a fabricação de facas similares às que conhecemos hoje se desenvolveram paralelamente à cutelaria para uso de mesa. No começo (por volta do século 16), só nobres possuíam facas, colheres e garfos, que logo se tornaram parte da cultura européia. O grande desafio era criar metais duráveis, flexíveis e possíveis de afiar. Com o controle da quantidade de carbono adicionado ao ferro (fim do século 19) foi possível a produção em larga escala de aço carbono de boa qualidade, e as facas viraram artigo