Controle de qualidade de drogas e vegetais
No Brasil, a fitoterapia é uma opção medicamentosa que se adequa às necessidades de vários municípios no atendimento primário à saúde. No entanto, observa-se nestes fármacos a predominância de extratos de plantas exóticas. Uma explicação para que este fato ocorra é a existência de um maior volume de informações científicas para as plantas exóticas, facilitando o seu registro junto aos órgãos competentes nacionais. A falta de pesquisa científica para plantas nativas brasileiras agrava este quadro e acarreta algumas dificuldades para o seu aproveitamento como matéria-prima pela indústria de fitoterápicos. Dentro deste contexto podemos citar a espécie nativa brasileira, Echinodorus macrophyllus (Kunth.) Micheli, da família Alismataceae, conhecida vulgarmente por chapéu-de-couro, chá-mineiro, erva-de-pântano, erva-de-bugre, congonha-do-campo e erva-do-brejo, amplamente utilizada na medicina popular nas regiões sudeste e centro oeste. Mas, ainda necessita de informações científicas para o seu aproveitamento no desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos.
Os fatores da expansão da fitoterapia devem-se aos efeitos adversos de fármacos sintéticos, à preferência dos consumidores por tratamentos "naturais", devido à crescente validação científica das propriedades farmacológicas de espécies vegetais, e, desenvolvimento de novas formas de preparações e administração dos produtos além de apresentar baixo custo.
CONTROLE DE QUALIDADE DE DROGAS VEGETAIS
Controle de qualidade e legislação
O controle de qualidade de fármacos vegetais deve ser realizado em todas as etapas que envolvem a produção de drogas, como seleção da espécie, cultivo racional (solo, luminosidade, temperatura, irrigação), coleta planejada, limpeza da parte usada, secagem controlada, expurgo da matéria estranha, embalagem e armazenagem adequadas, para que o produto final atenda aos requisitos de qualidade. Muitas drogas vegetais à venda no comércio brasileiro têm-se revelado mal