Historia da engenharia no Brasil
História
Antecedentes O ensino de engenharia militar na colônia brasileira remonta à presença do "engenheiro de fogo" neerlandês Miguel Timmermans, no contexto das Invasões holandesas no Brasil, entre 1648 e 1650, contratado pela Coroa Portuguesa para a formação de aprendizes para a construção de fortificações. Ainda no mesmo século, em 1694, chegou ao Rio de Janeiro o Capitão Engenheiro Gregório Gomes Henriques, com a missão de instruir os comandantes de Artilharia naquela praça, que por sua vez deveriam repassar as lições aprendidas aos seus subalternos encarregados das fortificações. Pela Carta-Régia de 15 de janeiro de 1699, Pedro II de Portugal determinou a criação das chamadas "Aulas Militares" Estas "aulas" já existiam de maneira informal em diversas capitanias, nomeadamente na Bahia, no Rio de Janeiro, Pernambuco e em Belém do Pará. As novas "aulas" constituíram-se nos primeiros cursos de formação superior na colônia: destinavam-se a formar artilheiros e engenheiros militares, e eram abertos não apenas a militares, mas também a civis que desejassem aprender essas matérias, havendo até alunos dotados com bolsas de estudo. Ainda naquele mesmo ano, no Rio de Janeiro, o capitão Gregório Gomes Henriques, ministrou a aula inaugural sobre fortificações. Esta "aula" no Rio de Janeiro foi a terceira na área de Engenharia do mundo e a primeira das Américas. Dentro do mesmo esforço, a partir de 1710 passou a ser ministradas aulas de Fortificação e Artilharia nas dependências do Forte de São Pedro em Salvador, pelo Sargento-Mor Engenheiro José António Caldas. O curso perdurou até 1829. Na cidade do Recife, por volta de 1718, era ensinada matemática em nível de engenharia. A Carta Régia de 19 de agosto de 1738 instituiu a Aula do Terço de Artilharia no Rio de Janeiro, que teve por mestre o Sargento-Mor José Fernandes Pinto Alpoim, autor dos projetos do Palácio dos Governadores no Rio de Janeiro, e do Palácio dos