historia da arquitetura
A taipa de pilão foi o material mais empregado nas construções coloniais no Brasil, devido, sobretudo à abundância de matéria prima – o barro vermelho, à relativa facilidade de execução, à satisfatória durabilidade.
A técnica consiste em amassar com um pilão o barro colocado em formas de madeira, os taipais, semelhantes às formas de concreto utilizadas hoje. Os taipais têm somente os elementos laterais, e são estruturados por tábuas e montantes de madeira, fixados por meio de cunhas, em baixo, e um torniquete em cima. Após a secagem, o taipal é desmontado e deslocado para a posição vizinha. E assim sucessivamente.
Os critérios de escolha do barro não se conservaram plenamente, de vez que dependia de tradição oral e ficou perdida no tempo. Sabe-se que, semelhante ao adobe, deve ser uma mistura bem dosada de argila e areia e alguma fibra vegetal, crina de animal ou mesmo estrume. Podia-se também misturar óleo de baleia, que “conferia uma resistência extraordinária”. O barro é colocado em pequenas quantidades, em camadas sucessivas de aproximadamente 20 cm, que se reduzem a 10 ou 15 cm depois de comprimidas.
A secagem durava de 4 a 6 meses, findos os quais as paredes poderiam receber revestimento, geralmente argamassa de cal e areia, que lhe aumentava a resistência. A esta argamassa era, às vezes acrescentada “bosta de vaca”. O resultado era uma argamassa capaz de resistir “à mais forte e duradoura chuva” Como a parede não podia receber água de chuva, alguma providências eram tomadas, entre elas o uso de grandes beirais e a elevação acima do terreno com alvenaria de pedra. Paulo Santos nos fala de “uma construção existente em Cabo Frio, datando de pelo menos três séculos”, de taipa de pilão, cuja resistência é tão grande, “a ponto de se assemelhar ao nosso concreto”Uma variante do sistema, chamado formigão, consiste em misturar à massa de barro pedras miúdas e pedras maiores (pedras de mão).
A taipa de pilão foi mais utilizada nas regiões