HIST RIA DE CAXIAS
No início dos anos 40, o mundo vivia grandes transformações com a tensão da Segunda Guerra Mundial. No nordeste, era grande o êxodo da população em direção aos grandes centros. Famílias fugiam da seca em busca de melhores condições de vida, trabalho e moradias nas periferias metropolitanas. As grandes fazendas estavam sendo fracionadas em sítios e chácaras, com os imensos laranjais e culturas hortifrutigranjeiras transformadas em loteamentos, com grilagem de terra e ocupações irregulares. Freguesias estavam sendo transformadas em distritos e estes em municípios. No Rio de Janeiro, a Estação de Merity – que em 1931 havia sido declarado o 8º distrito de Nova Iguaçu – buscava sua emancipação.
O nome Duque de Caxias foi iniciativa de um antigo morador, José Luiz Machado, que queria prestar uma homenagem ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva. Nascido na região, mais precisamente na Taquara, Lima e Silva ingressou ainda criança no Exército, no posto de cadete de Primeira Classe. Disciplinado, teve grande destaque na carreira militar. Atuou com bravura na Guerra do Paraguai, comandando batalhas sangrentas na defesa das terras brasileiras.
A luta pela emancipação durou muitos anos. Até que em 25 de julho de 1940, uma comissão de notáveis da época – formada por jornalistas, empresários, advogados, médicos e outros líderes da sociedade civil, denominada União Popular Caxiense (UPC) – encaminhou um memorial ao Interventor Federal do Estado do Rio de Janeiro, Ernani do Amaral Peixoto, no qual era exposta a possibilidade do distrito de Caxias emancipar-se de Nova Iguaçu. Entre esses notáveis estavam Silvio Goulart, Rufino Gomes Júnior, Joaquim Batista Linhares, José Basílio da Silva, Luiz Antônio Félix, Amadeu Lanzilotti, Antônio Moreira de Carvalho, Mário Pina Cabral, Abílio Teixeira de Aguiar, Ramiro Gonçalves e Costa Maia. Contudo, o sonho da emancipação foi adiado por três anos. O documento foi considerado impertinente e inoportuno pelo governo,