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RELAÇÃO ENTRE POLÍTICA E ESTADO MODERNO
Para Maquiavel, o Estado está surgindo como uma organização de dominação e como expressão máxima de violência, portanto o Estado é caracterizado pela centralização e a concentração de poderes, forças e instituições. A obra “O Príncipe” é uma reflexão sobre o poder político que permeia o Estado, o Príncipe deve governar pela força e pela virtù. A virtù, diz Maquiavel, consiste na compreensão desta realidade e determina ação política do príncipe. Um príncipe não deve medir esforços nem hesitar, mesmo que diante da crueldade ou da trapaça, se o que estiver em jogo for o bem do seu povo.
O desejo de poder é algo que se coloca muitas vezes de modo insaciável, requer certa precauções, os grandes têm o desejo de dominar e governar, nos remete a uma relação de antagonismo e de complementaridade. Uma boa sociedade em tal perspectiva seria aquela que procura se consolidar e onde o “poder” do Príncipe é algo que emana da própria sociedade.
No tempo de Maquiavel, as desigualdades não eram naturais e sim históricas. As desigualdades vão ser um campo político que vai exigir um esforço, através do jogo de forças. Maquiavel não representa no seu discurso o interesse burguês. Assumir isto é um jogo perigoso. O discurso de Maquiavel serve aos interesses de qualquer classe social emergente. Para Maquiavel, quem quer fazer história e participar da história deve se organizar e ter a virtù.
Política não se faz só com boas intenções, mas também com a força da inteligência. Nós não fazemos história quando cruzamos os braços, nem quando caminhamos sem um plano, sem um rumo. É necessário perceber o caminhar, conhecer o terreno em que se pisa, para evitar erros.
Maquiavel está querendo assessorar não sobre os sonhos, não sobre o passado, mas sim para tornar o cálculo o mais exato possível. Que o infrator tenha medo da lei, mas que se exija o cumprimento da lei. Ele nos propõe fazermos política com força, mas articulada com a