hippocampal
Sabemos que toda função do sistema nervoso está centrada no neurônio, e que este é uma célula especializada. A nível do corpo celular neuronal concentra-se um aparato metabólico notável, com carga alentada de ribossomos, facultando a síntese de substâncias (como os neurotransmissores) fundamentais para a homeostase neural. O axônio participa de mecanismos de transporte de substâncias sintetizadas no soma até o extremo telodêndrico neuronal, permitindo a liberação sináptica de mediadores químicos. O tecido nervoso em geral apresenta uma elevada taxa de metabolismo, com consumos elevados de oxigênio e de glicose, exigindo uma "reserva" especial de nutrientes, e contando com uma "barreira" (a barreira hematoencefálica), que protege o sistema nervoso central de possíveis agressões (v.g., infecções bacterianas) provenientes da circulação sangüínea que a ele chega; esta barreira cria também condições fisiológicas diferenciadas para o tecido nervoso, permitindo-lhe certo grau de autonomia funcional em relação ao restante dos sistemas homeostáticos. Assim sendo, a manutenção da plena vitalidade funcional do sistema nervoso exige grandes concentrações de glicose e de oxigênio; na deficiência ou ausência dos mesmos, as funções neuronais são progressivamente bloqueadas e, em condições vitais, podem ser definitivamente lesadas se o estado de hipoxia (falta de oxigênio) ou hipoglicemia (insuficiência de glicose no sangue) persistir prolongadamente. Lembramos que todas as funções celulares dependem de cadeias de reações químicas, como as que envolvem o oxigênio e a glicose, reações estas que são CATALISADAS pela presença de inúmeras ENZIMAS. Estas são moléculas de proteína que, partindo de uma ou mais substâncias (os SUBSTRATOS) permitem a síntese de outras tantas. É o que se denomina METABOLISMO. No neurônio, esse metabolismo visa primordialmente (a) produzir energia, através do ATP (trifosfato de adenosina, molécula-padrão energética nas células animais, ao