hipertrofia
Hipertrofia cardíaca
José Geraldo Mill, Dalton Valentim Vassallo
Resumo
Os antitrombóticos possuem utilidade fortemente embasada para a prevenção do acidente vascular encefálico
(AVE) isquêmico. Fármacos antiplaquetários possuem benefício documentado por metanálises e ensaios clínicos randomizados em prevenção secundária. A magnitude do benefício de prevenção primária de AVE com fármacos
antitrombóticos, em pacientes com fibrilação atrial, é similar à demonstrada na prevenção secundária. Nos pacientes de alto risco, o emprego de anticoagulantes orais é mandatório na ausência de contra-indicações, sendo, nesse caso, a aspirina uma segunda opção. A aspirina tem efeito modesto, mas consistente na fase aguda do AVE, sendo ainda controverso o papel de outros antitrombóticos nesse contexto.
Palavras-chave: Antitrombóticos; Acidente vascular encefálico.
Rev Bras Hipertens 8: 63-75, 2001
Recebido: 03/11/00 – Aceito: 14/02/01
Hipertrofia cardíaca
Constitui-se num mecanismo adaptativo do coração, em resposta a um aumento de sua atividade ou de sobrecarga funcional. De maneira sucinta, podemos dizer que esta adaptação pode se dar em resposta a:
A) Aumento de necessidade metabólica que impõe um aumento do débito cardíaco. Esta é a condição observada em resposta ao exercício físico (Penpargkul et al., 1980; Russel et al.,
2000; Machida et al., 2000), indução hormonal (Tiroxina, isoproterenol)
(Pereira, 1993; Brown et al., 1992;
Oliveira, 1999; Vassallo et al., 1988) ou condições de débito alto como as observadas na anemia e fístulas arteriovenosas (Pereira, 1993; Epstein e Oster, 1986);
B) Aumento de carga pressórica ou de volume, condição observada como resposta adaptativa a condições patológicas como a hipertensão arterial, estenose ou coartação de aorta,
etc. (sobrecarga pressórica), ou lesões orovalvulares ou congênitas como a insuficiência aórtica, comunicação interatrial, etc. (sobrecarga de volume) (Cooper