HIPERINFLAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO NO BRASIL: O PRIMEIRO PLANO COLLOR
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Resenha: HIPERINFLAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO NO BRASIL: O PRIMEIRO PLANO COLLORAutores:
PEREIRA, L.C.B. e
NAKANO, Y.; REP
Vol. 11, nº 4, out-dez/1991.
Apesar de o Brasil não ter vivido um período de guerra, as condições nas quais levaram o País a um período hiperinflacionário foram semelhantes em comparação àquelas encontradas em outras nações que sofreram com derrotas armadas.
Sim, o processo hiperinflacionário no Brasil iniciou-se com a fase de endividamento externo ocorrido nos anos 70, e agravou-se com o segundo choque do petróleo em 79 acompanhado pela elevação dos juros americanos.
Num razoável curto espaço de tempo, o Brasil contou com o recebimento de poupanças externas equivalentes a 2% do PIB, porém passou a transferir recursos reais entre 4% a 5% aos credores. Na outra ponta, os investimentos internos reduziram-se, passando de 22% do PIB em 70 para algo em torno de 17% na década de 80.
Depois de 1975, a origem da dívida externa dividia-se praticamente ao meio entre os setores público e privado.
Porém, foi entre 81 e 83 esse percentual praticamente tornou-se 100% pertencente apenas ao setor público, resultado das consequências fiscais negativas que tiveram por intuito ‘nacionalizar’ a dívida externa.
Essa crise fiscal, acrescida do agravamento do sistema redistributivo da renda e dos informais acordos firmados entre sindicatos e empresários que redundaram numa crescente espiral de preços e salários no período de 78 a 79, criaram uma ‘cultura’ de indexação dos índices de inflação anteriores aos futuros.
No entanto, essa situação apenas postergou o surgimento do período hiperinflacionário, atraso esse auxiliado inclusive pela implementação dos planos econômicos ao longo do caminho e depois do término do regime militar.
A crescente espiral da inflação para hiperinflação no Brasil começou a ser fortemente a partir da falência do sistema de indexação aplicado no período e com a perda na confiança nas letras do Tesouro, as