Hidrovias
Histórico da utilização das hidrovias no Brasil -1
O Brasil é dotado de um conjunto de imensas bacias hidrográficas, sendo que quase todas transpõem as fronteiras do país ou têm origem em países vizinhos. Essa característica sempre foi considerada desde a época de colônia para integração do território brasileiro.
Atribui-se a idéia de interligação aos jesuítas, mas a primeira travessia se deve ao 3º Governador e Cap. General do Mato Grosso e Cuiabá, Dom Luis Pinto de Souza Coutinho, que executou a façanha com um navio de 12 remos (AZEVEDO NETO, 2003).
Com exceção da Bacia Amazônica, todas as bacias brasileiras são de planalto, o que é um entrave para a utilização dos rios, pois há a presença muito grande de corredeiras e quedas d’água. Isso faz com que haja a necessidade de enormes investimentos em eclusas para a transposição desses obstáculos.
Apesar de ter sido apontada como solução a para interiorização do Brasil, a implantação e a expansão das hidrovias interiores esbarram, além da dificuldade do relevo, num trauma decorrente de enormes falhas de projetos equivocados no passado. Como exemplo dessas falhas, temos a abertura do canal do Valo Grande em Iguape/SP na metade do século 18, onde a diferença de nível entre o rio e o mar foi desconsiderada. Tal erro provocou um imenso problema de assoreamento, chegando a afundar a economia local. Os problemas causados pela obra assombram a população da cidade até hoje.
Para contribuir ainda mais com o esquecimento das hidrovias interiores, na década de 40, a lei Joppert – que criou o Fundo Rodoviário Nacional – e o surgimento da indústria automobilística no país, devido ao maciço investimento durante o governo de Juscelino Kubitschek, foram responsáveis pelo significativo crescimento das rodovias (COSTA, 1998).
Hidrovias interiores em outros países -2
A utilização do modal aquaviário no tocante às hidrovias interiores em outros países,