Hidrogeologia - Matinha
Região da Matinha - Luciânia – Município de Lagoa da Prata
Mineração Bripocal Ltda
1 - INTRODUÇÃO
O conhecimento das peculiaridades hidrológicas do carste recentemente vem ganhando uma crescente importância, não só pelo interesse como reservatório de água subterrânea mas também pela sua influência em uma série de problemas geotécnicos.
Em muitas circunstâncias a caracterização do sistema hidráulico desse tipo de aqüífero torna-se muito difícil em vista de suas características próprias, onde o armazenamento e a circulação das águas subterrâneas estão condicionadas à dissolução ou ao fraturamento das rochas carbonáticas.
Segundo Silva (2000), a palavra carste é utilizada para designar aquelas regiões da superfície terrestre que apresentam características especiais do ponto de vista geomorfológico e hidrogeológico das quais destacam-se:
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A presença de extensas zonas sem correntes de águas superficiais, inclusive em climas úmidos;
A ocorrência de depressões, de tamanho diversos, cuja drenagem é subterrânea;
A existência de cavidades no subsolo (abismos ou cavernas) pelas quais podem circular correntes de água subterrânea; Pequeno valor de escoamento superficial;
Complexa circulação de águas subterrâneas tanto nas zonas saturadas como acima da superfície potenciométrica do aqüífero;
Normalmente a existência de zonas desnudas sem vegetação.
Estas características são o resultado de um processo chamado de carstificação, no qual intervêm diversos fatores geológicos. Neste processo existe um mecanismo básico que é a dissolução pela água de uma rocha carbonática
(solúvel) fissurada.
São peculiares aos carstes as entradas de águas de superfície em condutos localizados (sumidouros). Este modo localizado das infiltrações deve-se à grande variabilidade espacial da permeabilidade e da capacidade de infiltração, que é muito maior nos meios cársticos que em outros meios permeáveis.
O desenvolvimento