hidrocefalia
Anna Tereza de Azevedo Teodoro, Daniela Vincci Lopes, Gustavo Suzuki Ruzzon
I – INTRODUÇÃO
Os defeitos do tubo neural resultam de falha de fusão normal da placa neural para formar o tubo neural. O fechamento do tubo neural ocorre durante a 4a semana da vida fetal, é durante esse período que se determinam às malformações da medula espinhal e das meninges.
A espinha bífida é o um dos principais defeitos do tubo neural, na qual ocorre lesão vertebral. A espinha bífida geralmente ocorre em associação com a hidrocefalia. No entanto, a hidrocefalia pode aparecer isolada.
Hidrocefalia é o acúmulo anormal e excessivo de líquido cefalorraquidiano (LCR) dentro dos ventrículos ou do espaço subaracnóideo devido um aumento de produção de LCR, bloqueio ao trânsito ou déficit em sua reabsorção. Existem dois tipos de hidrocefalia: comunicante e não comunicante. Os fatores etiológicos são múltiplos, o diagnóstico baseia-se na anamnese, no exame clínico e no uso de ferramentas complementares como exames de imagem. O tratamento definitivo é cirúrgico, a não ser naqueles casos em que a causa subjacente possa ser tratada e controlada apenas com medicamentos. A derivação ventrículo peritoneal é a principal arma terapêutica.
Na espinha bífida ocorrem malformações da medula espinhal devido a uma falha de fechamento do tubo neural. A extensão da falha pode resultar em dois tipos de espinha bífida: oculta ou cística. Existem duas formas de espinha bífida cística – meningocele e mielomeningocele. A causa exata da mielomeningocele não é conhecida, o risco de recorrência é alto. A criança com mielomeningocele é portadora de múltiplos defeitos além da paralisia e das deformidades musculoesqueléticas. Nos outros tipos de espinha bífida as manifestações são variáveis dependendo do grau e do nível de envolvimento das estruturas. Este estudo tem como objetivo principal fazer uma revisão bibliográfica da hidrocefalia e da mielomeningocele com o intuito de