hidrocefalia
Segundo Cavalcanti e Salomão (2003), a hidrocefalia refere-se ao acúmulo do líquido cefalorraquidiano (LCR) no interior do ventrículo, resultando em dilatação ventricular progressiva (hidrocefalia interna), que comprime o cérebro contra o estojo ósseo podendo causar graves consequências. Trata-se de uma das doenças mais comuns observadas na neurocirurgia pediátrica. A verdadeira incidência de hidrocefalia é difícil de determinar (BULLIVANT; HADER; HAMILTON, 2009). De acordo com Kliemann e Rosemberg (2005), existem estimativas de incidência de 1-3 por 1.000 nascimentos para a hidrocefalia congênita ou de início precoce.
A hidrocefalia pode ser originada por diversos fatores. Pode ser causada por uma reabsorção subnormal do líquor, uma obstrução nas vias de circulação normal ou por superprodução do líquor (como nos papilomas do plexo coróide). Tais causas podem ser congênitas (identificadas ao nascimento) ou adquiridas (resultantes de traumas ou doenças que ocorrem durante ou após do nascimento), incluindo infecções no cérebro e na coluna vertebral (meningites), sangramento de vasos sanguíneos no cérebro, Pós-operatória, trauma de crânio, ou tumores e cistos cerebrais. Existem casos que ocorrem mesmo sem a presença nenhum trauma ou doença conhecidos para causá-la.
O quadro clínico é bastante variável, sendo descritos desde hidrocefalia grave, resultando em morte perinatal, até retardo mental leve como única anomalia. Os sintomas dependerão da causa, evolução, idade de surgimento, em alguns casos pode até ser assintomática.
Na maioria dos casos é necessária uma drenagem do líquido em excesso. É essencial no manejo das hidrocefalias que seja realizado o diagnóstico precoce com rápida realização de procedimento. A introdução do uso de válvulas com o objetivo de derivar o líquido em excesso nos ventrículos cerebrais para outras cavidades corporais, anulando a base fisiopatológica da hipertensão intracraniana tem sido determinante na história do