Herpes Simples
A infecção pelo vírus Herpes simples (HSV) é largamente disseminada em humanos. Com frequência pode causar problemas significativos caracterizados por uma variedade de manifestações clínicas, envolvendo a pele, membranas mucosas, olhos, sistema nervoso central e trato genital, sendo de particular importância as infecções neonatais, a gengivoestomatite, a encefalite e as infecções em imunocomprometidos. As manifestações da doença são, em grande parte, determinadas pela imunocompetência do individuo. Foram identificados dois tipos de vírus, o HSV-1 que comumente infecta a pele e mucosas acima da cintura, e o HSV-2, responsável pela maioria das infecções genitais e congênitas.
Etiologia
O agente etiológico é o vírus herpes simples, que pertence ao grupo dos vírus DNA. Dois tipos são descritos, com diferenças antigênicas e genômicas. O tipo 1 (HSV-1) usualmente acomete a face e a pele acima da cintura. Já o tipo 2 HSV-2) envolve, preferencialmente, a área genital e a pele abaixo da cintura, sendo o agente mais frequente da infecção herpética em neonatos (herpes congênito). Os dois tipos diferem em menos de 10% do seu DNA, e não mostram variações antigênicas significativas, de modo que só podem ser distintos um do outro através da análise do seu DNA. O DNA do HSV está codificado para numero de proteínas virais — estruturais e não estruturais — e glicoproteínas (g). Existem pelo menos dez grupos de glicoproteínas (gB, gD, gE, gG, gH, gl, gK, gL e gM). Estas glicoproteínas são antigênicas e, portanto, exercem um papel na indução da resposta imune pelo hospedeiro infectado.
Epidemiologia
Em cerca de 85% das vezes a infecção é subclínica. Eventualmente a infecção primária pode ocorrer em forma de surtos de estomatite em instituições como creches e orfanatos ou intradomiciliares. O período de incubação varia de dois a 12 dias (média de seis dias). A disseminação da infecção parece ser determinada por dois fatores: contato corporal íntimo e traumas como