Hemoglobina
Todas as formas de vida evoluíram a partir de células bacterianas. Porém, como o processo que leva à vida é um continuum, uma definição inequívoca de vida é ainda um mistério.
Aquela velha questão, "O que é vida?", quando enfocada pela ciência, é traduzida para: "Quais são as características dos sistemas vivos?". E se olharmos ao redor, dentre a larga variedade de sistemas vivos - como sistemas sociais, ecossistemas, animais, pessoas, plantas, microorganismos - nós podemos fazer uma primeira e importante descoberta: todas as coisas vivas consistem de células. Sem células, nada tem vida neste planeta.
Assim, o mais simples dos sistemas vivos é a célula. Mais precisamente, é a célula bacteriana. Hoje sabemos que todas as mais elevadas formas de vida evoluíram a partir da célula bacteriana. E então nós agora podemos perguntar:
a. Como uma célula funciona?
b. Quais são as características básicas de uma célula?
Quando nós olhamos uma célula, encontramos ali uma complexa rede de processos metabólicos que envolvem macromoléculas especiais - longas cadeias de centenas de átomos. Existem dois tipos, dessas macromoléculas, que estão presentes em todas as células: proteínas e ácidos nucleicos (DNA e RNA). Todo processo celular que for característico da vida está associado com esses dois tipos de macromoléculas - autoreplicação com DNA e RNA, e maioria dos demais processos com proteínas.
Tal análise sugere uma definição de vida em termos destas macromoléculas. Nós poderíamos simplesmente dizer: "Sistemas vivos são sistemas químicos que contém DNA.". O problema com tal definição é que células mortas também contém DNA. Podemos ler reportagens sobre espetaculares análises de DNA de um esqueleto de Neanderthal (New York Times, July 11, 1997), uma análise de DNA de células que morreram há mais de 100 mil anos atrás!
Isto significa que uma definição de vida não pode ser baseada unicamente na presença de DNA. Nossa definição teria de ser modificada para: