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Até o final do século XVIII, período de colonização portuguesa, a comercialização de vestuário no Brasil era precária. Com a independência política em 1808, houve reaproximação a nível cultural e comercial com a Europa. Por volta de 1830, franceses começaram a abrir lojas de moda e artigos de luxo no Rio de Janeiro. Seus negócios tomaram força em 1860, com surgimento da máquina a vapor, reduzindo o tempo de travessia das mercadorias no Atlântico.
A administração dessas lojas exigia ao menos dois sócios: um para cuidar do atendimento aos clientes e da oficina de costura, e outro para atualizar-se sobre as tendências de Paris e repor o estoque de tecidos, vestidos, chapéus, bolsas, etc. Os ingleses também passaram a comercializar no Brasil, importando tecidos de lã, algodão e até mesmo paletós e camisas.
No começo do século XX, imigrantes sírios e libaneses chegaram ao país com experiência no comércio de tecido, roupa e armarinho. Com o tempo e os primeiros lucros, trocaram a mascateação por loja na 25 de março, que geralmente possuíam uma oficina produzindo cuecas, camisas, calcinhas, sutiãs e outras peças. Os judeus também foram chegando e montando outra frente comercial e industrial no bairro no Bom Retiro.
Durante a crise dos anos 30 e a Segunda Guerra Mundial, a indústria têxtil e de confecção brasileira começou a crescer, devido ao bloqueio de importação de bens de consumo. Para promover os tecidos produzidos nacionalmente, os empresários convidavam nomes da alta costura francesa e italiana para montar coleções e desfilá-las para a alta sociedade carioca e paulista. Também promoviam concursos de beleza e apareciam nas revistas e jornais importantes da época.