Haussmann
Foi em 1853, no governo do Barão Haussmann quando nomeado prefeito por Napoleão III, na qual aconteceu uma significativa e polêmica reforma urbana na cidade de Paris com o intuito de uma modernização que durou quase vinte anos. Durante o século XIV e XV, a antecedente Paris estava sob forte influência mundial, tornando-se a cidade mais populosa de toda a Europa, desencadeando um crescimento acelerado, as revoluções da classe operária e os problemas sanitários, fez-se surgir uma acentuada desigualdade social. Segundo Pierre Pinon, era uma resposta para o projeto: “a desobstrução do centro histórico através da abertura de avenidas”. Já Louis Bergeron dizia “rasgar e alinhar ruas, embelezar e monumentalizar a cidade através da regularização de todas as fachadas” (JORDAN, 2004, p.89).
O foco principal que trazia melhorias para a cidade seria uma maior circulação para facilitar manobras militares, ocorrendo um desinchaço das ruas e afastando antigos moradores da classe operária para as periferias, construindo novas vias de acesso, pavimentação das ruas nas quais não existia, além de implantar o paisagismo, trazendo melhorias sanitárias, criação de equipamentos públicos como escolas, hospitais, prisões, além de teatros e óperas. Christiane Blancot referia-se a definição haussmanniana “como o símbolo da autoridade administrativa contra a democracia, da norma administrativa contra a livre criação, como o símbolo de uma burguesia que atropela o proletariado, fazendo da cidade a sua imagem e