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LEITURA INTRODUTÓRIA
ADOÇÃO DO IFRS NO BRASIL, UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO A passagem de um modelo baseado em regras para outro que tem como norte princípios não é simples, principalmente porque exige a mudança de comportamento dos profissionais envolvidos. O mercado brasileiro acabou de passar por uma verdadeira revolução contábil: a adoção das normas contábeis emitidas pelo International Accouting Standards Board(IASB), chamadas de International Financial Reporting Standard(IFRS). A adoção desse padrão contábil exigiu e continuará exigindo muito esforço de todos os que se relacionam com a informação contábil: os contadores, que preparam a informação, os auditores, que opinam sobre a informação, os analistas, que utilizam a informação, os órgãos reguladores, que emitem os novos padrões e fiscalizam as entidades, os professores que pesquisam e ensinam tais padrões, entre outros. Esse processo de adoção por padrão contábil internacional já vinha sendo feito de uma forma indireta há alguns anos, por meios de emissões de padrões locais próximos às praticas internacionais. Em 2006 e 2007, o processo de convergência evolui consideravelmente, a partir do momento em que o Banco Central, CVM e Susep decidiram que as entidades reguladas por trás o órgão teriam que adotar as IFRS em suas demonstrações consideradas a partir de 2010. Mas foram as alterações da Lei das S/A iniciadas pela aprovação da Lei nº 11.638/07, e a emissão dos pronunciamentos técnicos do comitê de pronunciamento contábeis(CPC) que tornaram a conveniência no Brasil irreversível e com impactos na contabilidade individual das entidades, o que exigiu um esforço ainda maior dos profissionais. Durante muito tempo, a contabilidade no Brasil foi vista como uma modelo em que prevaleciam as normas, ou seja, o mais importante era atender às regras, mesmo que isso resultasse na produção de uma informação contábil que não refletisse a realidade