hannah arendt
Hannah Arendt afirma em seu texto “Verdade e Política” que nenhuma pessoa até hoje questionou que verdade e política são inconciliáveis uma com a outra.Ela argumenta tal fato a partir de que as pessoas acreditam que as mentiras são ferramentas necessárias na política para justificar os fins, exemplificado pela teoria de Maquiavel.Ademais, Arendt argumenta com o mito da caverna de Platão, o qual era uma história de prisioneiros que viviam dentro de uma caverna acorrentados que passaram um longo período apenas visualizando uma parede sendo iluminada e formando-se sombras, sem vivenciar o mundo real.Até que um dia um prisioneiro é forçado a conhecer a caverna, e percebe que o tempo todo eles julgaram sombras e ilusões, e assim se afastando da verdadeira realidade.Paralelamente no ramo da política, os seres humanos estão acostumados com o que foi transmitido, sem fazer juízos corretos e assim preferem a ilusão.A mentira na política acabou se generalizando, um representante político mente em determinadas circunstâncias, e é aceito.Assim, o ser humano prefere acreditar na ilusão, com a verdade sendo algo inaceitável e nunca contestou a incompatibilidade da verdade e política.
A autora defende a existência dos fatos, e não acredita na ótica das interpretações.Ela afirma que a liberdade de interpretar um fato não justifica que este pode com sua manipulação anular tal fato.Hannah argumenta que quando um fato é mudado direciona-se na falsificação deste.Segundo Platão, a opinião de uma pessoa afasta o conhecimento completo de um fato, ameaçando a verdade factual.Ela exemplifica com a existência dos regimes totalitários do século XX, cada um possui sua opinião do ocorrido, mas não pode ser dito o que ocorreu não aconteceu, pois a interpretação se torna uma falsificação da história. Arendt apresenta clara argumentação na sua defesa da existência dos fatos, rejeitando todo relativismo de interpretações dos fatos e concluindo que a persuasão não pode substituir a