Habitantes da Terra de Pindorama
Modulo 2
Atividade 3 - Habitantes da Terra de Pindorama
Antonia Aguiar Pinto
O rei de Portugal D. Manuel I, desejoso de prosseguir a examinar o comércio com outras nações do Oriente, para prosseguir na sua tarefa de colonização e consecução das Índias, determinou que aprontassem uma esquadra de 13 navios, com 1200 homens com armas e cedeu-a a Pedro Álvares Cabral, almirante português.
Quando os europeus aportaram na Ilha de Vera Cruz, em Porto Seguro, numa seta-feira, dia 1º de maio de 1500, Pero Vaz de Caminha, escrivão da frota de Pedro Alvarez Cabral, deixou registrada sua impressão na carta encaminhada ao Rei de Portugal D. João VI. Ele escreveu que quando chegaram à terra de Pindorama, encontraram dezoito ou vinte homens de aparência parda, que estavam nus, não usavam nada para cobrir-lhes o corpo. Todos os que ali estavam, carregavam consigo arco e flecha, apontando para a direção deles e que Nicolau Coelho, um dos europeus fez sinal para que eles abaixassem os arcos, e eles o abaixaram. Tinham uma aparência muito boa, a pele avermelhada e o rosto bem feito, com o nariz bem desenhado.
Os europeus ficaram admirados com aquela gente. Ficaram pasmados ao ver que eles não se incomodavam em mostrar seus corpos nus, e que os mostravam com tanta inocência como quem mostra o rosto. Tinham o lábio inferior furado e usavam nele um osso branco, verdadeiro, do comprimento de uma mão atravessada e da grossura de um fuso de fiar algodão, com uma ponta fina como um furador. Colocavam na boca, de dentro para fora, de forma que a parte que ficava para dentro não os incomodavam de forma nenhuma.
Os desconhecidos deram para eles comer pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel e figos passados, Eles não quiseram quase nada daquilo e os que provaram logo o jogaram fora. Junto com os índios andavam três ou quatro moças, bem novas e bem gentis, com cabelos pretos, no comprimento das costas, tinham suas partes íntimas,