GvSIG
No ano de 2003 o projeto gvSIG foi criado em Valência (Espanha). Inicialmente, o intuito era somente atender as necessidades do Conselho de Infraestruturas e Transporte da cidade. Mas logo o projeto foi expandindo-se por repartições públicas, universidades e empresas de todo o planeta, tornou-se um software livre para toda a comunidade e sua primeira versão foi lançada em 2004. O programa segue os padrões do Open Geospatial Consortium (OGC), uma organização voluntária internacional de padronização de conteúdos na área de geoprocessamento que permite que diferentes sistemas de softwares se comuniquem (Zhang et al., 2005).
O gvSIG é um software open source, ou seja, sua execução, alteração e redistribuição é livre, com total acesso ao código fonte. Ele é escrito na linguagem de programação Java, bem como suas extensões, que podem ser construídas pelos usuários ou então podem ser obtidas gratuitamente na Internet. (Bauer, 2012). A Sextante é um exemplo de extensão, possui mais de 200 funções para manipulação de dados geográficos e pode ser obtida gratuitamente pelo site http://www.sextantegis.com. Além disso, o gvSIG é um sistema multiplataforma, que roda em sistemas operacionais como o Linux, Windows e Mac OS X.
Com o gvSIG é possível trabalhar com todo tipo de formatos, vetoriais e raster, arquivos, bases de dados e serviços remotos, tendo à disposição ferramentas para analisar e gerenciar informações geográficas. É possível acessar dados de outros programas computacionais proprietários, tais com ArcGIS e AutoCAD sem necessidade de alterar seu formato. Além disso, o usuário pode configurar os diretórios onde estão dados e projetos e pode habilitar e desabilitar as extensões do gvSIG.
O programa possui uma interface fácil de usar e em pouco tempo, mesmo um usuário com pouca experiência em geoprocessamento, pode utilizá-lo sem maiores problemas (Medeiros, 2011). Além disso, por ser um software livre, é possível que o usuário tenha acesso ao código-fonte,