Gustave Courbet, moda e o adultério no século XIX
Foi um pintor francês. Foi acima de tudo um pintor da vida camponesa de sua região. Ergueu a bandeira do realismo contra a pintura literária ou de imaginação. Estudou desenho e pintura com um seguidorde Jacques-Louis David. Completou os seus estudos em Paris, no Atelier Suisse, pois tinha opiniões muito firmes contras instituições académicas. A partir de 1844 começou a ser exposto regularmente no Salon de Paris. A sua obra sofreu a influência do Realismo do século XVII da pintura holandesa, francesa e espanhola. Entre 1848 e 1850, contra os hábitos da época de quadros em pequeno formato, pintou quatro telas monumentais: Depois do Jantar em Ornans, Os Britadores de Pedra, Enterro em Ornans e Regresso da Feira. Em O Estúdio do Pintor (1855), resumia as teorias realistas que professava. A luz e a cor do Midi, que visitou em 1854, influenciaram a luminosidade e o brilho dos trabalhos posteriores. Em A Toilette da Noiva (1865-70) concebe uma nova conceção de perspetiva, deixando de seguir o esquema geométrico dos cânones e baseando-se na aparência real. Os últimos anos de vida foram perturbados pelas suas atitudes políticas. Depois da queda da Comuna, fugiu para a Suíça, onde morreu em 1877.
Comentário sobre a pintura:
A tela é, de fato, uma galeria de retratos, ou seja, uma reunião de figuras conhecidas, de alegorias, ou simplesmente de diferentes categorias sociais. Busca assim dar a todas essas classes sua carta de nobreza.
Pelas palavras “alegoria real", o artista diz a seu público-alvo que cada um dos personagens representa uma idéia, e um ser de carne e osso. Sob a influência de Proudhon, se faz moralizador e é o mundo que se propõe julgar.
O nu pode ser visto como uma representação alegórica da pintura que admira e que inspira a arte de Courbet.
O subtítulo dá, por outro lado, a medida de uma meta ambiciosa e um pouco enigmática do pintor. Courbet busca realmente fazer algum tipo de balanço de seu