Guerrilha do Araguaia
A Guerrilha do Araguaia foi um movimento existente na região amazônica brasileira, ao longo do rio Araguaia, criada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), cujo objetivo era fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, com base nas vitoriosas Revolução Cubana e Revolução Chinesa.
Durante os anos de 1967 à 1974, a guerrilha intentou enfrentar a ditadura militar que governava o Brasil na época, onde a censura barrava notícias e manifestações consideradas impróprias pelo governo. Estima-se que esse movimento cuja pretensão era, além de derrubar o governo militar, tomar o poder fomentando um levante da população, primeiro rural e depois urbana, para instalar o regime socialista no Brasil, e foi composto por cerca de 80 guerrilheiros. Menos de 20 sobreviveram.
Os principais líderes do movimento foram Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel, Orlando Geisel, Milton Tavares de Souza, Viana Moog, Hugo Abreu, Antônio Bandeira, João Amazonas, Mauricio Grabois, Elza Monnerat, Ângelo Arroyo, João Carlos Hass Sobrinho, Dinalva Oliveira Teixeira e Osvaldo Orlando da Costa.
Em 2011, o IBCCRIM reivindicava o direito à verdade em seu editorial no Boletim n. 207, manifestando apoio ao esclarecimento das graves violações de direitos humanos ocorridas durante o período ditatorial. Ao longo do ano de 2010, foi criada a Comissão Nacional da Verdade, apesar de muita resistência – embora seu projeto ainda esteja em análise na Câmara –, e o STF julgou improcedente a ADPF 153, que pedia a revisão da Lei de Anistia. Contudo, a despeito desse processo em âmbito interno tender ao desinteresse e à falta de vontade política, a partir de agora o Estado brasileiro deverá dar a devida atenção ao seu passado face à condenação pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIntDH) no caso Julia Lund e outros (Guerrilha do Araguaia), cuja sentença responsabilizou o Brasil por violação a artigos da Convenção Americana de Direitos Humanos.
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