Guerra na Síria.
A Guerra
Além das pessoas que cruzaram as fronteiras, há ainda 4,25 milhões de sírios que se deslocaram dentro do país. A situação sanitária se agrava, e a economia do país encolhe em meio aos combates. O contestado presidente Bashar al-Assad, da minoria étnico-religiosa alauíta, enfrenta há quase três anos uma rebelião armada que tenta derrubá-lo.No início, a rebelião, localizada na cidade de Daraa, tinha um caráter pacífico, com a maioria sunita -que se considera prejudicada pelo governo- e a população em geral reivindicando mais democracia e liberdades individuais, inspirados pelas revoluções da chamada "Primavera Árabe" iniciadas no Egito e na Tunísia.Os manifestantes também acusavam o governo de corrupção e nepotismo.Em um episódio na cidade, crianças que pichavam muros teriam sido presas e torturadas, o que gerou revolta popular.Aos poucos, com a repressão violenta das forças de segurança, os protestos foram se espalhando pelo país e se transformando em uma revolta armada, apoiada por militares desertores e por grupos islamitas como a Irmandade Muçulmana, do Egito e radicais com o grupo Al-Nursa, uma "franquia" da rede terrorista da Al-Qaeda, com o objetivo de derrubar o regime.Assad se recusou a renunciar, mas fez concessões para tentar aplacar os manifestantes.Encerrou o estado de emergência, que durava 48 anos, fez uma nova Constituição e realizou eleições multipartidárias.Mas as medidas não convenceram a oposição, que continuou combatendo e exigindo sua queda.A mediação de paz feita pela ONU, inicialmente com o ex-secretário-geral Kofi Annan e depois com o diplomata Lakhdar Brahimi, também vem fracassando.O regime argumenta que a rebelião é insuflada por terroristas internacionais, com elos com a rede Al-Qaeda, cujo objetivo é criar o caos, e que está apenas se defendendo para manter a integridade nacional.Há