Guerra na geórgia marco para o fim da unipolaridade?
O atentado de setembro de 2001 teve muitos significados para politica internacional, a guerra contra o terror reuniu grande parte do Ocidente e a Rússia contra um inimigo em comum liderado pelo Estados Unidos. Esta situação nos mostra que as similaridades entre terroristas antiamericanos e os chechenos, grande alvo russo da luta contra o terro são de fatos pequenas.
O período de mesmos objetivos entre Rússia, Estados Unidos e União Européia parece ter chegado ao fim, e diz respeito principalmente devido a invasão da Russia na Geórgia e faz refletir sobre o sistema internacional, entendido como unipolar.
Desde o inicio do século XX a relação entre Geórgia, suas regiões separatistas da Abecásia e da Ossétia do Sul e a Federação Russa é complicada e conflituosa. Em relação a Ossétia do Sul, em janeiro de 1992 ocorreu um referendo que teve como resultado o apoio a independência da Ossétia do Sul em relação a Geórgia e a anexação daquela a Rússia, a Geórgia respondeu com uma ação militar, que só terminou após a assinatura de um cessar-fogo, até hoje a Ossétia do Sul tem vivido uma independência de fato em relação a Geórgia, a região vive basicamente impulsionada pela economia de guerra e pelo apoio russo.
Em agosto de 2008, após uma escalada de tensões envolvendo morte de ossetas e georgianos, o governo da Geórgia decidiu invadir a Ossétia, assim violando claramente o cessar-fogo, alegando que a invasão tinha o objetivo de “restaurar a ordem constitucional” na região, no dia 8 de agosto a Rússia veio em defesa da Ossétia do Sul tendo duas justificativas, a defesa dos cidadãos russos e o direito a autodeterminação da Ossétia do Sul. Já no dia 11 de agosto a Geórgia afirmava ter retirado suas tropas que ocupavam a Óssétia, porém a Rússia manteve suas tropas em território georgiano até alguns dias após a assinatura do cessar-fogo no dia 16 de agosto.
Pode-se dizer que a ação da Rússia não foi surpreendente,