Guerra Fria

Guerra Fria
Gustavo Uchôas Guimarães

O mundo assolado pelos resultados da II Guerra Mundial viu surgir uma disputa ideológica, política e econômica entre suas grandes potências da época: Estados Unidos da América (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Estes países já se “elevavam” no cenário internacional há algumas décadas, mas a II Guerra Mundial foi o momento para que iniciassem uma “queda de braço” que praticamente influenciou os grandes acontecimentos da humanidade nas décadas de 1940 a 1980.
A Guerra Fria recebeu este nome porque não houve um conflito armado direto entre EUA e URSS1. O conflito entre as potências concentrou-se nas áreas política, ideológica e econômica, embora houvesse intervenções de ambos os países em conflitos armados e revoluções ao redor do mundo (Coreia, Vietnã, Cuba, etc.). Uma das particularidades do conflito foi a “corrida espacial” que gerou intensas disputas principalmente nas décadas de 1950 e 1960, com os EUA e a URSS conquistando o espaço através do aperfeiçoamento de tecnologias que possibilitaram o envio de satélites e de seres humanos.
As causas da Guerra Fria estão na ascensão dos EUA e da URSS como superpotências durante a II Guerra Mundial. Segundo Azevedo e Seriacopi (2013), a Alemanha perdeu sua importância ao ser derrotada na II Guerra; o Japão foi colocado de lado; a França e a Inglaterra perderam parte da expressividade ao se envolverem no processo de descolonização (movimentos independentistas na Ásia e na África); restando apenas os EUA e a URSS como forças realmente dominantes e vencedoras do conflito mundial contra o nazismo2. Com o fim da II Guerra, estadunidenses e soviéticos se separam por motivos ideológicos: de um lado o capitalismo representado pelos EUA; de outro, o comunismo defendido pela URSS. Esta separação ideológica influenciou nas intervenções dos dois países em conflitos ao redor do mundo, tendo ainda seus “frutos” nos dias de hoje (por exemplo, a Coreia dividida entre o