Guerra Dos Canudos
Foi um conflito no sertão baiano entre um movimento popular de fundo sócio religioso liderado por Antônio Conselheiro e o Exército da República, ocorrido em 1896 e 1897, que terminou com a destruição do povoado de Canudos.
Em 1893 Canudos começou a ser visto não só como um arraial de fanáticos religiosos, mas também como um ninho de rebeldes monarquistas e perigosos, que precisavam ser eliminados.
O governo lançou então “guerra de Canudos” - que consistiu, na verdade, de quatro expedições militares ou campanhas.
1ª Campanha: 4 a 21 de novembro de 1896: comandada pelo ten. Manuel Ferreira uma expedição com 100 praças. São derrotados na madrugada pelos jagunços.
2ª Campanha: 25 de outubro de 1896 a 20 de janeiro de 1897: Comandada pelo Major Frebônio de Brito, com 543 praças e 14 oficiais e 3 médicos.
3ª Campanha: 8 de fevereiro a 3 de março de 1897: Comandada por Moreira César com 1.300 homens. Morte de Moreira César. Expedição dissolvida combate em retirada.
4ª Campanha: 16 de junho a 5 de outubro de 1897: comandada pelo Ge. Artur Oscar, dividida em duas colunas, uma com 1.933 homens e a outra com 2.350. Duas colunas chegam a Canudos. Bombardeio sobre Canudos morre Antônio Conselheiro. Pelo menos 30 mil pessoas morreram na batalha final.
A principal arma é o canhão inglês Withworth.
Durante o bombardeio, a situação do povoado em Canudos se agrava: faltam remédios, água, alimentos e munição. Os mortos apodrecem, facilitando a disseminação de doenças. O líder Antônio Conselheiro tenta reanimar seus seguidores, mas sua saúde piora por causa de uma diarreia. Antônio Conselheiro morre em 22 de setembro. Seu cadáver é mantido insepulto por vários dias seus seguidores esperavam que ele pudesse ressuscitar mas corpo começa a feder, os sertanejos o enterram.
Depois da invasão, as ruínas da vila são destruídas e dinamitadas pelos militares. No final, de 25 mil a 35 mil rebeldes morreram nos combates. Entre os soldados, o total de baixas chegou