guerra do paraguai
O Brasil Imperial – 1832-1889
CAPÍTULO IX – A GUERRA DO PARAGUAI
O CONTEXTO O Rio da Prata foi a principal rota de comércio entre Buenos aires e as minas de Potosí. A partir de fins do século XVIII, com a criação do “Vicerreinato de la Plata” (1776), e a elevação da cidade portenha a capital (1778), pensava a metrópole em reorganizar a aparelho burocrático segundo os moldes reformistas do século. Enquanto o século XVIII foi marcado pelas reformas ilustradas, o século XIX contrasta pelos movimentos separatistas. Entre 1810-24 os quatro vice-reinados do império espanhol fragmentaram-se em 18 novos países. As incertezas pós-independêcia acirravam as disputas por territórios e limites estatais. O que estava em cheque era não só a ameça externa como também, as desconfianças quanto às disputas de interesses num espaço limitado. As colônias espanholas se dividiram em “pátrias de cabildo”, reservando os interesses da burguesia local ascendente que inserida no estado pretendia estabelecer maiores domínios. O grande problema era de se alcançar domínio e coerção efetiva em locais tão longínquos. O baixo grau de comércio pode ser decorrente à desarticulação das grandes rotas mercantis, um agravante a mais que interrompeu o sucesso de tentativas diplomáticas.
O DRAMA PARAGUAIO “O senso de identidade que mantém uma nação unida é a mistura de crenças compartilhadas, ideias e costumes, mas também de temores comuns de inimizades.” (IZECKSOHN, 2011, p. 389, §2). O medo do antigo regime de domínio extrarregional, leva a um desenvolvimento constante de uma administração centralizada no governo ditatorial de José Gaspar de Francia. Temia-se o opressor estrangeiro. Contudo, diferente da Cisplatina, O povo Guarani só poderia aceder ao mar por meio da foz do Rio da Prata. Sua aliança com os