Guerra do contestado
Introdução
A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu durante os anos de 1912-1916. O conflito envolveu a população cabocla, entre eles 20 mil camponeses, sertanejos, que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual na região da fronteira de dois estados, Paraná e Santa Catarina, uma região rica em erva-mate e madeira. O nome Contestado vem por causa da região contestada (disputada) pelo dois estados.
Causas do Conflito
Um dos motivos primordiais foram os limites entre as províncias de São Paulo com Santa Catarina, até a eclosão da guerra do Contestado, não haviam sido definidos. Com a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, entre os anos de 1835 a 1845, o governo imperial precisou romper a relação dos liberais gaúchos com os liberais paulistas e para isso houve a criação de uma nova província. Entretanto, apenas em 1853 houve a fundação da província do Paraná, sem a definição de limites precisos. Outro motivo é que o povo da região contestada vivia em péssimas condições, sem qualquer assistência, pois com o fim do Império e com o advento da República, a situação piorou para os caboclos, principalmente com a instalação, em Três Barras, da empresa Southern Brazil Lumber&Colonization, a maior companhia madeireira da América do Sul, que tinha como intuito explorar a araucária e a imbuia, as maiores riquezas da região. A Lumber comprou 180 mil hectares ao sul dos rios Negro e Iguaçu e expulsou inúmeros camponeses que lá residiam. Em dez horas de trabalho cortavam 1050 dúzias de tábuas, assim se praticou a primeira devastação ecológica industrialmente planejada da América Latina, com a derrubada de dois milhões de pinheiros nos quarenta anos de exploração. Além disso, a construção da ferrovia São Paulo – Rio Grande do Sul,