GUERRA DE CANUDOS
GUERRA DE CANUDOS
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono politico, afetavam os nordestinos e a população mais carente. Esta situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social.
Em novembro de 1896 no sertão da Bahia, teve inicio este conflito civil, que durou por quase um ano, até 5 de outubro de 1897; devido a força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da Republica para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego ( habitantes do Arraial de Canudos).
O beato Antônio Conselheiro era quem liderava este movimento, ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos.
O governo da Bahia, não concordava com o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos e viverem sem seguir as leis estabelecidas e afirmavam também que Antônio Conselheiro, defendia a volta da Monarquia.
Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o Arraial de Canudos, nenhuma foi bem sucedida. Os sertanejos e jagunços se armaram e resistiram com força contra os militares, somente na quarta tentativa, o governo da Bahia solicitou apoio das tropas federais. Militares de varias regiões do Brasil, usando armas pesadas foram enviados para o sertão baiano, massacraram os habitantes do Arraial de Canudos de forma brutal e até injusta; Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.
A Guerra de Canudos significou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural e a resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino do século XIX.
Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.