GUERRA CIVIL AMERICANA
As antigas colônias do Sul formavam um conjunto de estados escravistas e de economia agrária, voltados principalmente para a produção do algodão. A sociedade sulista era profundamente hierarquizada e possuía a política dominada pela elite proprietária de terras, com exclusão da maior parte da população, constituída, em grande parte, por escravos. O desenvolvimento do Norte, pelo contrário, relacionava-se ao crescimento industrial, baseado no qual floresceu uma política democrática com predominância de trabalhadores livres e consumidores dos produtos industrializados. Já a região Oeste foi, inicialmente, uma área de expansão dos dois modelos. No período em questão, porém, havia se consolidado como uma zona de agricultura comercial mais ligada à economia nortista.
Tal aproximação é justamente um dos pontos de conflito entre as sociedades sulista e nortista. Cada uma dessas regiões possuía uma forma diversa de organização social e econômica, e durante o povoamento do Oeste visou estendê-la para os novos territórios. Também era ponto de discordância entre Norte e Sul o estabelecimento de tarifas protecionistas. Ao norte industrial interessavam medidas que diminuíssem a entrada de produtos ingleses concorrentes, ao passo que à economia agrária sulista seria mais interessante a abertura do mercado para facilitar a exportação de algodão para a Inglaterra. Além disso, havia a possibilidade de importar mercadorias de melhor qualidade que as nortistas. Juntamente à questão das tarifas, o capitalismo