Grupos Indigenas no Rio Grande do Sul
Quando os portugueses e os espanhóis chegaram na América, havia cerca de cinco milhões de índios. No Rio Grande do Sul eram dezenas de milhares, e as principais tribos eram as do grupo Jê (no planalto norte-riograndense), os Guaranis (no centro, no noroeste e no litoral) e os Pampianos (no sul e sudoeste).
A maior parte deles eram do grupo dos Guaranis (Arachanes, Tapes ou Carijós). Suas aldeias guaranis eram formadas por três a seis ocas, habitadas por parentes. Viviam da caça, da pesca e da plantação (milho, aipim, feijão, abóbora e batata). Muitos índios guaranis vivem agora na beira das rodovias.
Dos índios do grupo Jê, sobraram os da tribo dos Kaingangs. Eles viviam da caça (capivara e porco-do-mato) e da coleta de produtos (pinhão e mel). Para se protegerem do frio, cavavam buracos no chão para servir como "casa subterrânea", tapando com galhos de árvore e ramos de palmeira. Hoje em dia, a maioria deles vive na miséria, muitos passam até fome, e as terras deles são disputadas com agricultores que foram assentados entre 1940 e 1960.
Os Pampianos (principalmente Charruas e Minuanos) não costumavam plantar, vivendo apenas da caça, pesca e coleta. Os Pampianos que não foram trabalhar nas fazendas dos colonos acabaram sendo exterminados por tropas uruguaias em 1830.
Hoje em dia, sobraram cerca de quarenta mil índios no nosso Estado (Kaingangs do grupo dos Jê e índios Guaranis), mas nas aldeias e reservas restaram apenas treze mil deles.