Grupos Anti-Nazistas
Em 22 de fevereiro de 1943, há 71 anos: três estudantes universitários alemães foram condenados e executados em Munique, por liderarem um movimento de resistência contra Adolf Hitler. Mais dois estudantes e um professor de filosofia, da mesma Universidade da Baviera seriam decapitados nos meses seguintes. Em Hamburgo, oitos estudantes igualmente seriam presos, condenados e executados. Dezenas de universitários das duas cidades foram presos, muitos torturados, alguns condenados a prisão perpétua e outros a trabalhos forçados.
Ouvintes alemães! Sob esta chamada, o escritor alemão exilado, Thomas Mann, transmitia em sua língua pátria, via BBC, discursos antinazistas. De sua exortação de 27 de julho de 1943, foi retirado esse breve trecho:
“Corajosa e magnífica juventude! Vocês não terão morrido em vão, não serão esquecidos. Os nazistas erigiram monumentos para arruaceiros imundos e criminosos comuns. Mas a revolução alemã, a verdadeira, irá derrubá-los e eternizará, em seu lugar, o nome daqueles que, quando a noite ainda cobria a Europa e a Alemanha, anunciaram: Nasce uma nova fé na liberdade e na honra”.
O grupo Rosa Branca aglutinou-se justamente em Munique, o berço do próprio nazismo. Ele era composto principalmente por estudantes universitários, muitos dos quais não se haviam oposto ao nazismo desde o princípio. No entanto, durante a guerra, eles assumiram posturas plenamente conscientes do risco de vida que elas representavam. Tinham entre 12 e 15 anos quando o Partido Nacional-Socialista tomou o poder político, em 1933, e, posteriormente, alguns deles haviam pertencido à juventude do Partido, empolgados pelos propalados amor à Pátria e à terra, pelo companheirismo da “Comunidade do Povo”, pela propaganda que fazia de Hitler um salvador da pátria.
No entanto, rebelam-se com o início da guerra e iniciam, corajosamente, suas atividades antinazistas em 1942. Na verdade, o movimento surgiu menos de uma ideologia política e mais da indignação com a