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O Princípio Responsabilidade – Hans Jonas

A atual condição humana sofreu sérias mudanças no que diz respeito às doutrinas éticas e políticas tradicionais. Esta mudança se deve por conseqüência da responsabilidade ao desenvolvimento de vários poderes, e estes é ligada a evolução tecnológica moderna e com deformações que foram impostas na modernidade. Mudanças nas atitudes exigem mudanças na ética, o que altera de maneira qualitativa as relações que outrora se mostravam sem precedentes.
Observa-se na antiguidade que o homem não dominava a natureza, fazendo com que sua atuação em meio a esta fosse por meio de manipulação, não exploração intensa, pois o homem era limitado pela moralidade, com sentimento primitivo de não alterar a relação do homem com a natureza. Dessa forma, a ética comum se fazia presente, uma vez que a natureza humana era considerada constante, sendo que a vida se assegurada no momento imediato, em que todos participavam de uma realidade comum, não precisando de ciência para trazer estribo destas condutas, mas a própria moralidade se prestava a isso.
Está presente, na revolução industrial a necessidade do homem, não se apresentar como sapiente, dado a ciência, mas fazer, fabricar tecnologias para desenvolvimento humano, configurado no homo faber, que ocasionou a invasão do domínio da moralidade pela dimensão do fabricar, fazer, trazendo a necessidade de restabelecer o equilíbrio destes. O desenvolvimento das cidades por meio da urbanização teve efeitos globais fazendo com que desapareçam as fronteiras entre o campo e a cidade, tornando a natureza pequenas reservas naturais, que atualmente são exploradas, e extintas pela ação humana a despeito na preocupação futura.
Segundo Kant, o princípio a que obedece a ação individual seja uma lei universal, o que vai de encontro com a nova necessidade de fazer com que a ação humana não seja apenas para o presente, mas que seja uma atitude a assegurar a existência das gerações futuras, independentes de vierem