Greves e o manifesto comunista
Nós vivemos em uma sociedade capitalista, onde uma minoria é proprietária dos meios de produção (burguesia) e a maior parcela da sociedade vende o seu tempo de trabalho para o grupo menor (proletariado). Ao fim de um período de tempo pré-estabelecido entre o empregador e os trabalhadores, o proletário recebe um pagamento pelo seu serviço, denominado salário. Porém o salário que os operários recebem é menor do que o valor das riquezas que ele produz para a empresa. Em linhas gerais, significa dizer que no sistema econômico em que estamos inseridos, a maioria da população gera um montante de dinheiro do qual só terá acesso a uma pequena parcela, sendo o resto para o patrão. É normal surgirem insatisfações no decorrer desse processo, que vão desde salário insuficiente à local inapropriado para o trabalho. Quando isso acontece, os trabalhadores procuram conversar com o patronato para mudar a situação; quando os patrões se recusam a atender determinadas insatisfações, há a paralisação do trabalho e o boicote à fábrica. Essas últimas ações dos trabalhadores contra os seus algozes são chamadas de greve. As greves têm como intuito interromper a produção e lesar financeiramente o patronato, obrigando-o a abrir uma mesa de negociação com os trabalhadores. Porém nem sempre essa estratégia funciona, pois o Estado pode declarar a greve como sendo ilegal ou o acordo apresentado pelos empregadores não atender as reivindicações e os trabalhadores serem pressionados a voltar aos seus postos. É importante ressaltar que a greve como descrita acima, só pode existir se houver a união da classe proletária, afim de juntos conseguirem os mesmo objetivos. É isso que o grande sociólogo Karl Marx nos afirma em uma de suas teorias expostas no manifesto do partido comunista. A greve, para Marx, é a expressão mais visível da luta de classes entre a burguesia e o