Gregos sempre recomeçando

Universidade do Estado da Bahia – UNEB Jacó Bahia Rabelo A companhia dos filósofos Fichamento

“Eles adoram correr riscos, estão sempre em busca de atitudes inéditas. Os filósofos são experimentadores da existência. Ao contrário do que se acabou acreditando, não são pessoas tranquilas. Nem máquinas de ideias. Tampouco são uns distraídos ou uns cultivadores do vago. De que eles gostam? De aventurar-se onde ninguém ainda foi raciocinar .” (pág.- 13).
“A proximidade dos filósofos é muito mais humana. Mesmo quando eles desapareceram há milênios, séculos ou décadas, deixaram vida nas teorias.” (pág.-14).
“[...] Os filósofos, temos de dizer mais uma vez, são uns “aventureiros”. As vezes eles esperam muito tempo antes de falar, espreitando silenciosamente o instante em que a evidência se explica, em que a banalidade se torna interessante. Muitas vezes eles se calam para que comecemos a escutá-los. Outras vezes, numa torrente de palavras, deixam escapar uma comparação, um exemplo, um termo inesperado que perturbam o conjunto. As aventuras em companhia deles, sempre começam por palavras e percursos de ideias. Mas no caminho os acasos se multiplicam. O percurso muda à medida que andamos. Se nos viramos, a paisagem não é mais a mesma. Algumas frases simples encerram embaraços insuspeitos. Mesmo onde nenhum problema era assinalado surgem impasses.” (pág.-14).
“Dizia-se, na década de 1970, que a filosofia tinha morrido, que somente as ciências humanas iam sobreviver. Hoje parece que essas disciplinas é que vão mal. Tais flutuações não têm muita importância. Antes como depois dos modismos passageiros, qualquer que seja a audiência, a tarefa do guia é sempre a de deixar entrever uma aventura de pensamento, a de estimular a viver em companhia dos filósofos.” (pág.-15).
“Com Kant e seus sucessores, com a evidenciação da finitude do