GREENPEACE
Além de defasado, o reator de Angra 3 não está equipado com medidas de segurança presentes nos utilizados na Europa e nos Estados Unidos
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Ativistas do Greenpeace Brasil diante do complexo nuclear de Angra em protesto de 2009 contra a construção de um novo reator. (©Greenpeace/Alex Carvalho)
O Greenpeace Alemanha divulgou hoje, em conferência de imprensa em Berlim, dois estudos que avaliam a possibilidade de uma catástrofe nuclear acontecer em Angra 3 e suas possíveis consequências. Estes documentos serão enviados ao parlamento Alemão, que atualmente discute o veto do financiamento a projetos de plantas nucleares em outros países, como o novo reator em construção no Brasil.
Os estudos foram elaborados pelos físicos brasileiros Francisco Côrrea, ex-professor do Instituto de Eletrotécnica e Energia da Universidade de São Paulo (IEE/USP), e por Celio Bermann, atual professor do IEE/USP.
Ambos os documentos expõem as falhas existentes no projeto da usina nuclear e explica que a ausência de certos componentes essenciais de segurança poderiam fazer com que o Brasil tivesse uma catástrofe ainda maior do que a de Fukushima.
A usina de Angra 3 foi projetada com equipamentos defasados - o plano data da década de 1970 - e que não estão preparados para eventuais terremotos, tsunamis, tornados e furacões. Apesar da incidência de desastres naturais desses tipos ser baixa no Brasil, Côrrea ressalta que o local escolhido para a construção da usina se encontra em uma zona onde frequentemente ocorrem deslizamentos de terra e inundações durante a época de chuvas no verão.
Além disso, relembra o episódio do furacão que atingiu a costa de Santa Catarina, em março de 2004, com ventos de quase 160 km/h, e das quatro trombas d’água no Rio de Janeiro – nos anos de 2001, 2005, 2006 e 2009, respectivamente – e que seriam capazes de danificar a estrutura de Angra 3, causando um acidente como o que aconteceu no Japão.
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