grecia antiga
Do século XII ao VIII a.C., os grupos humanos que estavam estabelecidos na Grécia encontravam-se organizados em genos, ou seja, famílias coletivas constituídas por um grande número de pessoas sob a liderança de um patriarca. Foi o período das comunidades gentílicas.
Na organização hierárquica dos genos, o patriarca, ou pater, era a autoridade máxima, exercendo as funções de juiz, chefe religiosos e militar. O critério que definia a posição social dos indivíduos na comunidade era o seu grau de parentesco com o pater.
Para enfrentar um inimigo comum, algumas comunidades gentílicas se uniram, formando uma fratria. As fratrias reunidas constituíram uma tribo, a qual se submetia a autoridade do filobasileu, o comandante do exército. A união de várias tribos, deu origem ao demos (“povo” ou “povoado”), que reconhecia como seu líder o basileu.
A crise da sociedade gentílica alterou a estrutura interna dos genos. A terra deixou de ser propriedade coletiva. As melhores terras passaram a ser dominadas pelos parentes mais próximos do pater, que passaram a ser chamados de eupátridas (“Bem-nascidos”). O restante das terras foi dividido entre os georgóis (“agricultores”), parentes mais distantes do patriarca. Nesse processo, os mais prejudicados foram os thetas (“marginais”), para os quais nada restou.
Entre os séculos VIII e VI a.C., várias tribos se uniram formando comunidades independentes, que deram origem às polis ou cidades-estados. A Grécia possuiu mais de cem cidades-estados independentes ou autonomas que, de modo geral, possuiam seus regimes políticos próprios, algumas se mantiveram oligárquicas outras tornaram-se democráticas.