Grecia antiga principais pensadores
Do contexto geral para o específico, ou seja, de Homero e Hesíodo para os filósofos da Grécia clássica, da educação oral para uma educação escrita, os gregos presenciaram uma grande revolução educacional entre os séculos IX, VIII, V e IV a/C (LARROYO, 1974). O período Homérico (VIII a/C) é também conhecido pelo valor do exemplo, da areté (da coragem e da bravura). Segundo Monroe (1988) pode-se dizer que o período homérico é a “era dos germes da educação ocidental”. A virtude do guerreiro, da ação e da bravura, deixa claro o princípio normativo de uma educação, até certo ponto, fiel a um tradicionalismo poético.
O autor espanhol Luzuriaga (1983) lembra que a educação heroica e cavalheiresca destacada na Ilíada e a Odisseia de Homero são guias para se chegar a ser um homem de honra e glória, atingir, portanto a excelência.
Para Marrou (1990), Homero é o centro inicial da educação grega, uma educação heroica baseada no exemplo, por conseguinte, na ação.
Notadamente, Marrou (1990) salienta que a educação do guerreiro é muito semelhante à educação do cavalheiro na Idade Média, com obviedade que muito da educação desse período se baseou na formação
grega, assim como o gentleman inglês se baseou na era medieval. O sentido poético é ser e não ser ao mesmo tempo, é a fantasia dos grandes heróis, das guerras mitológicas, do imaginário. O mundo poético é, portanto, uma narrativa que trata do lúdico.
Considerações gerais sobre os pré-socráticos ou naturalistasTales de
Mileto (624? - 546? a/C)
Para Tales de Mileto a origem ou o princípio de todas as coisas é a água.
Onde há água há vida, onde não há água não há vida. Segundo Reale e
Antiseri (2003), não é a água no sentido moderno, a água que bebemos, por exemplo, mas uma água no sentido religioso como totalidade, ou como elemento originário.
Anaximandro de Mileto (610 - 547 a/C)
Ele caracteriza a essência das coisas como o apeíron, que está privado de limites, no caso, colaborando com Tales nesse