Gravidez na adolescência resumo
Autores: Paulo Rogério Gallo; Claudio Leone e Hugo Amigo
A relação de mães adolescentes se torna ainda maior quando se considera o progressivo aumento nas taxas de fertilidade que se observa nesta faixa etária, que também ocorre no Brasil.
Estudos indicam que os filhos de mães adolescentes apresentam maiores riscos biológicos, tais como de prematuridade, de baixo peso ao nascer, de problemas respiratórios neonatais, entre outros estes riscos podem se agravar ainda mais, em decorrência dos problemas sociais que as adolescentes enfrentam durante a gravidez. Problemas de ordem psicossocial podem persistir também após o nascimento, mesmo que sejam, parcial e/ou temporariamente, compensados pela intensidade das relações sociais de solidariedade da comunidade, na organização do apoio destinado à adolescente e ao seu filho, podem resultar numa restrição de seu potencial de crescimento, que se manifestaria já nos primeiros anos de vida.
O objetivo é descrever e comparar até os dois anos de idade, um grupo de filhos de mães adolescentes com um de filhos de mães adultas.
Trata-se da análise por conglomerado, dos dados de uma coorte histórica com pareamento, a partir de um estudo realizado entre 1998 e 2000, com coleta retrospectiva de dados, comparando o crescimento desde o nascimento até os 24 meses de idade de dois grupos de crianças. Um grupo constituído por filhos de mães adolescentes, por ocasião do nascimento da criança (mulheres com menos de vinte anos de idade) com outro, de filhos de mães adultas também por ocasião do nascimento da criança (mulheres entre 20 e 35 anos de idade). Os dados de ambos os grupos de crianças foram retirados de 3988 prontuários clínicos de crianças que tiveram acompanhamento segundo o protocolo assistencial (REF) para lactentes, nos dois Centros de Saúde Escola (CSE), da Universidade de São Paulo, na cidade de São Paulo, Brasil. Todas as mães eram moradoras de uma mesma área